quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Feliz Aniversário



Eu já postei hoje, mas é que eu tinha me esquecido que hoje é o aniversário de 1 ano dessa Polaroide. Um ano, cara. Pô, fiz esse blog por insistência de uma amiga, quando acabaram as aulas, como forma de matar o tempo. Arranjei uma desculpa mais nobre, é claro, era pra mais tarde, ao olhar meus textos, ver se ficaria com orgulho do que me tornaria e do quanto amadureceria. E sabe que deu certo? De vez em quando, eu vou ver o meu histórico, e cara, como eu era idiota hahaha. Sério mesmo, eu mudei bastante, melhorei em alguns aspectos meus que precisavam ser ajustados, e acho que isso que é bom, sabe, olhar pro passado e ter provas de que tu fez algo de bom. Ver que tu não tá indo prum caminho torto; tá aí,trilhando um que agora parece certo e que provavelmente vai parecer totalmente desviado daqui a algum tempo, mas é bom olhar pra trás e ver que tu te deu conta de que tava indo num caminho torto e que tu mudou. Faz bem ver que se está melhor do que se estava antes, isso ajuda até a apreciar o presente momento. Por isso que eu penso que vou ser super feliz quando for idoso; ver que vou estar mais maduro do que nunca, aproveitando a vida em um outro patamar, como se olhasse uma vista de um morro. Quando se está lá embaixo, consegue-se ver tudo, mas quando se está no morro, tudo fica com um aspecto mas bonito, até a fumaça de uma fábrica que tá matando o meioambiente, pelo menos se aprende a aproveitar e degustar o momento. O fato de se estar observando torna-se motivo para a euforia.

Engraçado como hoje todo mundo fala que vive a vida intensamente e é super bem-resolvido, e depois tu vê a pessoa se irritando porque o trânsito não anda, ou porque as coisas não tão saindo do jeito que queria. Parece que o mundo pressiona pra que se viva a vida intensamente, e a pessoa se sente tão pressionada a policiar as suas ações, vendo se elas vão deixá-la feliz, que não percebe o próprio momento de felicidade. No final das contas, todo mundo que é feliz na verdade é infeliz, é um senso-comum que se apoderou das pessoas comuns, daquele ignorante que lê Paulo Coelho e acha que é super culto àquele pseudo-intelectual que entra em comunidades de História, Filosofia e aquelas blasé como "Odeio a tudo e todos" pregadoras de um nojo pelo mundo e pelas pessoas, uma misantropia forçada que não leva felicidade a ninguém, fazendo nada mais que pôr mais uma carapaça na personalidade das pessoas, como se não bastassem todas aquelas que nós já temos. Todos buscam uma distinção, uma forma de dizer que não são comum, aquela necessidade de afirmar aos outros que não são iguais a ninguém. Quando cada pessoa faz o mesmo, forma-se uma nova conjuntura de pessoas comuns, como os emos, os indies, ou até mesmo os próprios pseudointelectuais, todos na mesma mesmice. De visual dark a roupas justas e cabelo metodicamente desarrumado, visam sair do normal, do centro, aspirando à excentricidade.

Mas o fato é que eu me desviei do que eu tava falando, eu dizia que essa Polaroide faz um ano e eu tô feliz com isso, não achei que ia ter tanto prazer em escrever aqui. Algumas pessoas me acompanham desde que eu criei isso aqui. Na real, só a Ana do Dinamite, mesmo, nem sei como me descobriu e me acompanha há um tempão. Engraçado, deve ser legal ver uma pessoa amadurecendo ao longo do tempo, por meio da escrita. Sei lá, se tu estiver lendo isso, bom, eu pude ver que tu amadureceu nesse ano que passou. Alguns textos falam mais quando deveriam falar de menos, mas isso não é necessariamente ruim, é até bom, mostra que você sabe se expressar bem por meio das palavras.

Enfim, com esse blog eu amadureci bastante, usei até pra desabafar qualquer coisa. Aliás, eu percebi que quando tu sofre, no momento parece a pior coisa do mundo. Dá vontade de desaparecer, de dormir e não acordar mais, mas depois que o tempo passa, tu vê que os problemas ficam e experiência vem junto contigo. Sei lá, isso é só um recado de autoajuda pra quem tá lendo, ei, tu aí, por mais que tu sofra, tudo passa, não importa o quê. Tanta gente que não tem nem teto e sorri, porque tu que tem até um computador pra me ler não tá sorrindo? É tão clichê dizer isso, mas é tão verdade, eu só tô falando de um jeito que tu possa me entender, ou talvez apelando ao pouco crédito que eu tenho contigo, mas me ouve, pode ter certeza que eu já passei por um monte de coisa, algo eu sei do que falo. Não foi o Sartre que disse, não importa o que fazem de você, mas o que você faz do que fizeram com você? Por mais que o mundo pareça nojento, ele sempre vai ter algo de bom a dar pra ti.

Ano que vem, eu vou ler esse post e dar um sorriso, pensar, hm, eu tô mais feliz agora do que quando escrevi isso, e aí eu digo: "e daí Marcel, já fez algo bom pra alguém hoje?". Só tô usando esse post pra tentar fazer alguma mudança, esperando que alguém leia isso e repense suas atitudes, suas filosofias, mesmo sabendo que a maioria das pessoas é preguiçosa, vai correr o cursor do mouse e desistir de ler isso por ser um texto muito grande, só que não são essas pessoas não me interessam, tu que me interessa, pô, tu aí, para de reclamar e faz algo pra mudar o que te incomoda. De vez em quando a gente precisa reclamar mesmo, pra tirar a raiva de dentro, mas não dá pra jogar todas as nossas reações no mesmo saco onde ficam a raiva e a melancolia. Sei lá, vou encerrar isso porque tá autoajuda demais, tô esperando que tu tome isso como uma conversa mesmo, imagina que eu tô na tua frente falando isso, algo como Lya Luft em Perdas e Ganhos. Mas me imagina de um jeito legal, bonito, atlético e com cara de inteligente; sabe como é, apesar de tudo, a aparência é o nosso cartão de visita.

4 comentários:

Unknown disse...

Somos metamorfose ambulante, como diria um carinha da minha terra chamado Raul.

É sempre bom, deixar de ser lava e virar borboleta, podemos ver o mundo do alto.


Abraço!

Ana Luisa Pacheco disse...

Ei, Parabens, Polaróide.

Eu nem sei o que dizer, eu fiquei feliz de ser citada e do DINAMITE também.
Há muito tempo eu escrevo, e há muito tempo eu escrevo porque tenho certeza que pelo menos uma pessoa vai ler: você.
Mesmo que não leia, vc sempre comenta.
E pode ter certeza que uma pessoa também sempre te lê, sou eu, mesmo que seja grande, mesmo que não me agrade tanto, mesmo que eu esteja sem óculos(agora), eu leio.
Eu também num sei como eu te achei, mas enfim... um ano de Dinamite , um ano de Polaróide.
Quem sabe num futuro próximo a gente num faz um outro blog junto.
Enfim...
Eu acho que quando a gente sofre a literatura fica mais bonita.
Porque escrever quando se está alegre é muito dificil.

Anônimo disse...

O mundo é tão incorreto e o pior é que nós o transformamos assim.
Parabéns pro teu blog ,é a primeira de muitas vezes que quero posar por aqui ,
curti a foto, adoro fotos antigas [ela é antiga né?]

sorte, to na sua cola agora.
beijos!

Marcel Hartmann disse...

É antiga sim, eu tenho 16 não 6 haha, brinks.