Eu fiquei o final de semana inteiro relendo Harry Potter 7 para assistir ao filme na semana que vem. Algo como ler das 9h à meia-noite, com algumas pausas, óbvio. A questão é que passei quase 32 horas sem focar a atenção em alguma coisa que se relacionasse a mim. Foi um final de semana que não vivi a vida de Marcel, visto que evitei saídas e declinei convites para ficar em casa e terminar o livro; foram dois dias em que tive mais acúmulo de recordações de um personagem fictício do que de mim mesmo. Talvez não efetivamente, pois um ser humano pensa em muitas coisas durante o dia e responde a milhares de estímulos. Entretanto, ao pensar no assunto, as lembranças mais marcantes que tenho são a viagem de Harry, Rony e Hermione pela Grã-Bretanha para achar Horcruxes e a batalha em Hogwarts.
A perspectiva de me anular em prol de uma ficção me assusta. Lembro agora que um amigo dormiu 22h e disse ser engraçado quando o dia não existe, porque o tempo fica mais engraçado ainda no momento em que o dia não foi uma experiência vivida.
Eu queria que as coisas fossem mais fáceis. Que nos exigíssemos menos, também.
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