quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Assinatura (editada)


Nossa, que canseira!
Pensar me consome muito
Me põe entre a cruz e a espada
E assim deslizo numa escada
Até o fim dos meus degraus...
Erguendo prédios de papel
Neste reino de loucura
Dos sapatos do bom moço
De cachecol no pescoço 
Paletó de gente fina
E perfume bon vivant.

Chegou o Carnaval!

"Vamos colorir os slides?"
Cores? Por que cores? Você quer Carnaval?
Você sente falta do Brasil? Vocês
São muito engraçados!

Somos muitos engraçados
Este reino me elegeu como bobo-da-corte
E agora o chapéu me pesa os ombros
Odeio este tipo de classificação
Se digo"não", é uma pena
Tinha tanto futuro!
E assim revelo todos os furos
Numa roupa bonitinha, mas cafona
E em passos de uma dança clichê
Celebro a matéria das coisas
O sentido que me dão ao nome
E à minha incitada consternação.

Nossa, que fome!
Hora de aceitar todas as rasuras
Me amar com a nova letra
E comprar justas canetas!
Hei de pintar no meu corpo a minha rubrica
Virar a mesa da sorte
E jogar o meu baralho a meu favor...
Vestir a tunica da vida, viver bem
O sofrimento e a nostalgia, 
Para na hora da alegria e da vitoria
Saber criar a historia dos meus atos
Com meu devido nome...

(sem morais nem seus contos
rimas ou inversões)