Nietszche disse que os homens deveriam viver a vida como se tivéssemos de vivê-la novamente e eternamente. Mas esse eterno retorno, que é a expressão que ele mesmo usa, poderia um dia ser quebrado? Porque dizer que viveríamos e reviveríamos da mesma maneira pressupõe que, ou somos seres muito, muito burros, ou há uma existência superior que comanda o nosso retorno. Se for a segunda opção, por que faria com que vivêssemos o já vivido? O quanto de voyeurismo há nisso? Não sei qual das opções seria mais provável de acontecer, até porque há um quê de fé nisso, o que faz enveredar para um caminho que não é o que quero.
De qualquer jeito, num dia, numa hora, decerto, aparecia algum ser dotado de subversão (admito que nunca usava essa palavra até conhecer meu colega SUBVERSIVO Luciano) habilitado a criar uma pequeníssima situação diferente das que ocorriam em todas as vidas anteriores. Algo como deixar outra pessoa pegar um táxi na chuva ou até mesmo bater no próprio pai. Talvez toda a humanidade dependesse desse ato revolucionário: um ato bom ensejaria muitos outros atos bons, assim como um ato ruim causaria outros tantos similares.
Seria um ato único, singelo. Porém, antes de tudo, primário e subversivo, que definiria o rumo das outras mudanças subsequentes, catalisando situações que talvez nunca acontecessem.
Mas, antes de tudo, seria um ato subversivo.
3 comentários:
mas que tal, fui até citado.
a menos que a ênfase no 'SUVERSIVO' tenha sido usada pra dizer o oposto ;p
de qualquer forma, não me considero nada subversivo mesmo
li subversivo e li primeiro o SUB e depois o VERSIVO. acho que subversivos são isso, mesmo: fazem os versos meio marginais, meio excêntricos. e acho (acho) que tu se encaixa nisso.
mas só acho.
adorei tudo que escreveu, textualmente falando.
tu escreve muito bem sobre todo assunto que aborda. parabéns.
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