e nesse link:
Reforma revê direitos autorais clique aqui e divulgue pela amor
e relaxa (refletindo) com a música
e para que tu chegue até aqui, eu coloco prosa-poesia:
ainda que dentro de mim
as águas apodreçam e se
encham de lama e ventos
ocasionais depositem pei-
xes mortos pelas margens
e todos os avisos se façam
presentes e nas asas das bor-
boletas e nas folhas dos
plátanos que devem estar
perdendo as folhas lá bem
ao sul e ainda que você me
sacuda e diga que me ama
e que precisa de mim: ain-
da assim não sentirei o
cheiro podre das águas e
meus pés não se sujarão na
lama e meus olhos não ve-
rão as carcaças entreaber-
tas em vermes nas margens
ainda assim eu matarei
as borboletas e cuspirei
nas folhas amareladas dos
plátanos e afastarei você
com o gesto mais duro que
conseguir e direi duramente-
te que seu amor não me
toca nem comove e que
sua precisão de mim não
passa de fome e que você
me devoraria como eu de-
voraria você ah se ousás-
semos.
(Mas apenas e antigamente
guirlandas sobre o poço,
Ovelhas Negras,
Caio Fernando Abreu)
2 comentários:
Adorei a música e t eu blog inteiro é muito legal. Parabêns.
Gostei da convergência que rola.
Ah, adoro tua terra também.
Beijos
ainda sim, acreditei nas tuas palavras de Caio F.
uma boa semana !
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