domingo, 16 de dezembro de 2012

"no adeus eu sempre te pertenço"

Apesar de toda a lucidez, de toda a consciência,
epifania, luz e razão
seguimos na crença da posse de gentes, braços e cabeças
e como em uma cruel dança da morte
a musica acaba
e o que era bom, se foi
o perfume que restava voou
com a parte de um ser que restou
na sombra de uma frase
na ponta dos dedos
na sola do sapato
e no rolar dos dados 
de uma dança 
que sem dar nenhuma volta
ainda saiu do lugar

nos confins de uma historia sem fim.

3 comentários:

Anônimo disse...

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Isabela Pimentel disse...

Lindo texto!

Felicidade Clandestina. disse...

Esse final de texto com sabor de desejo, um ciclo infindável de querer ainda mais.


Lindo que só!