Não estranhem porque não venho tanto aqui, não é como se eu desgostasse, é mais como algo que devo escolher, ou é o tempo de blog ou é tempo de vida, nesse caso prefiro o tempo de vida pois me agrega mais experiências do que o tempo de blog - engraçado isso, eu colocar o tempo de blog como oposto ao tempo de vida quando o oposto de vida é morte. Numa palestra um escritor contou que contrlviu no word tudo o que lia no computador em um mês, e deram 400 páginas, e você diz que não tem tempo para ler mas restam-lhe os minutos para twittar e mais outros minutos para baixar a discografia daquela banda que você só vai ouvir uma vez para dizer que conhece e depois vai esquecer no seu computador, deixando-o com o HD mais ocupado. E ler o G1 com aquelas notícias bizarras. E ler a Folha.com e se horrorizar com Israel atacando ativistas. Mentira, nem vai, já se acostumou mesmo. As únicas pautas que tocam são: pobreza absurdamente extrema; crianças sendo estupradas; crianças em pobreza extrema; crianças em pobreza extrema sendo estupradas. Às vezes se desilude com a profissão. E se entrega. E entrega. Entrega tudo. E a desilusão se torna sinônimo da experiência - erroneamente. Porque aqueles que vieram do futuro não se conformaram: jamais se conformaram. Passaram a viver numa eterna angústia, dilacerante mas inegável ao ser mais imaginário dos factuais. Visto que de certas verdades não se foge. Uma delas é o tempo. O tempo passa. O tempo é consumado. Consome.
Não tenho tempo
para o tempo
que me tem.