E a expressão mal-feita.
O tempo e suas marcas
Uma voz dentro de mim. Não sou eu não sou eu não sou eu eu eu eu eu eu gosto de espelhos porque me fazem pensar se com o passar do tempo é o corpo que se molda à alma ou vice-e-versa. Não sei se é a alma que se molda porque dizem que é imutável mas outros dizem que se molda com o passar do tempo. A minha aparência se molda com o dizer da sociedade. Independente da idade. Eu sou uma expressão inacabada.
Encare-me como se eu fosse teu espelho.
De corpo inteiro e transitório.
A refletir o corpo e alma
Atestando o teu complexo.
Os antigos pensavam que o espelho levava a um outro mundo, e estavam certos. O outro mundo sou eu. Demonstrando a inexorabilidade do ser que fica, mesmo que o corpo passe. Tudo passa, até a felicidade se ultrapassa. O espelho fica. O sentido de quem vê se vai embora. Olhar-me é autoavaliação, olhar-me é pura reflexão. Talvez complexa, mas ainda necessária.
(Olhe para mim
assim como te olho.
(Te observo
pra poder te absorver))
6 comentários:
Concordo, o espelho também me faz refletir :)
beijos!
O espelho é o mal que me persegue, em tudo o vejo, e nele vejo em mim mil rostos.
Eu vivo absorvendo as coisas e as pessoas.
Tenho a vaga sensação que vc fez o texto depois de ver a foto.
Pra mim a parte mais dificil de nós mesmos é nos conhecer por completo,
estar diante de um espelho qualquer da vida e não saber reconhecer-nos.
complicações!
O engraçado foi que a foto veio depois. Encaixou perfeita, né?
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