Ah, não, eu admito: sou todo medos
Medo de aprender a voar
E prever minha morte do céu
(A morte, temo-a muito)
Imagina se eu não morresse nunca...
Também temo perder as consciências
(Ambas, pois tenho duas)
Medos de desaprender a me expressar
E perder o verbo, medos
De me apunhalarem enquanto durmo
(Já me basta enquanto acordado)
Sim, medos
De perder a fé na fé
Que por agora é o que me move
Medo
De perder o movimento
E o time com as pessoas
(Medo de perdê-las todas), medos
Que me tomam o corpo
E me tiram o ar
E fico cheio de dedos para o ser e o estar.
Um comentário:
medo medo...parabéns por enfrentá-lo.
muito bom!
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