quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Medos

Ah, não, eu admito: sou todo medos

Medo de aprender a voar
E prever minha morte do céu
(A morte, temo-a muito)
Imagina se eu não morresse nunca...

Também temo perder as consciências
(Ambas, pois tenho duas)
Medos de desaprender a me expressar
E perder o verbo, medos
De me apunhalarem enquanto durmo
(Já me basta enquanto acordado)

Sim, medos
De perder a fé na fé
Que por agora é o que me move
Medo
De perder o movimento
E o time com as pessoas
(Medo de perdê-las todas), medos
Que me tomam o corpo
E me tiram o ar

E fico cheio de dedos para o ser e o estar.

Um comentário:

hulia says disse...

medo medo...parabéns por enfrentá-lo.
muito bom!