quando pequeno mantinha distância dos finais
e de todas as coisas que a eles remetiam.
adorava pegar o mapamúndi
ler nomes de país a esmo
e imaginar pessoas em suas vestes
sussurando palavras antes de dormir.
um nome, contudo, perturbava
Finlândia
onde já se viu um país chamado assim
terra de todos os velhinhos
que, como elefantes,
sabiam para onde dirigir-se.
mais tarde descobri em Porto Alegre
o Bom Fim
por que, meu Deus, insistir nesses nomes
e encher uma criança de medo
da morte e do breu do outro lado.
hoje passo por cortinas e sinto calafrios
além de me encantarem as janelas
e seus distintos estados de projeção.
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