quinta-feira, 10 de junho de 2010

Exagero nas tuas horas

Tenho medo de que as águas do passado interfiram nos mares do presente. Que não comando pois não sou capitão: vivo à mercê de forças em que navegi porém incompreendo. Forças incontidas: forças não medidas.


E agora
Sem saber
Andando por uma rua bem fechada
Exagerada
Essa maneira de levar as coisas
Que não há como conter
Não há como saber
O que virá
O que terá
Amanhã de manhã
Nadando em águas novas
Que me lembram de outras velhas
Histórias
De contar
Para depois.

Exagero nas tuas horas
E nas revoltas
Que parecem não ter razão
Mas com a emoção de saber
Que há com o que se revoltar
Sem esquecer de antemão
Que não precisa se importar
Além de ti
E do mundo
Todos nós
Sem sermos nós
O que importa é a solidão
(Conjugada)
O silêncio não-armado
E a palavra bem usada.

5 comentários:

Marcelo Mayer disse...

o verbo e a boa rima viraram uma arma para um crime perfeito

[ rod ] ® disse...

Quando o conjugar parece impossível vem as idéias a tornar tudo, irremediavelmente, sacro e lúdico. O difamar julga-se potente, mas perde-se nas horas, dias e momentos onde o 'nós' não tem a mínima importância. Abs cara!

Anônimo disse...

até virar poema de poetiso eu me encontro e vivo

Anônimo disse...

Eu então?
como muito ansiosa que sou, sempre quero saber o que está e pode estar por vir ...
dá medo, receio, e as marcas do passado ainda faz com que isso tudo aumente,

mas devemos nos arriscar mais,
se for dolorido depois é normal,
pelo menos podemos dizer que persistimos tentando!

Érica Ferro disse...

As águas sujas do meu mar passado mancharam quase que irremediavelmente o meu mar do presente. Espero que tenha solução, que tenha jeito para mim.