domingo, 20 de novembro de 2011

Primavera

Flores caídas na terra, no auge da primavera,
Têm um cheiro de morte
Um odor que entra pelas narinas e irrita
Dá vontade de gemer
Por se meter no funeral
Além da vista do tapete colorido
Que aos de longe é deveras bonito

Mas para aqueles que vão chegando perto
Lembra as dores de diversas gerações
E depois vêm curiosos desavisados
Dizer que és muito maduro e admirável
Para que no fundo eu fique a pensar
Que as mortes que me constituem
Jamais lhes causarão tanto pesar...

Um comentário:

Charles Bravowood disse...

qual seria o perfume da morte?

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