terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Aquele reino terrorista

Nem por uma ordem real
Eu mudaria minha constatação
E que venham ratos roedores
Das mais distintas regiões
Amálgamos nos seus grupinhos
E perversos no seu tamanhinho  
De mim levarão nada
Além de pedaços de dedos
E anéis de linhagem familiar...

Mas que rei mais colérico a governar
Esqueceu-se dos impostos pagos pelo povo
E das crianças travessas roubando maçãs da venda
Há de decapitar suas cabeças, então?
Há de mandar fazer pequenas guilhotinas
Para seus pequenos pescocinhos
Inocentes como um dia Ele foi de ser
Há décadas atrás
Criado por uma governanta séria, de porte arrojado
A barra do vestido sempre por ele puxada
Em busca da proteção contra o pai
Príncipe da Escória
Desatos desvelando histórias pra contar
Cruel. E apequenado como o cachorro linguicinha
Correndo atrás dos ratos no palácio
Povoado por cabeças sem cabelos
A revelar os poucos zelos
Por este povo imbecil
E sem relhos

De destilar suas ações
Parecem não saber refletir
Sobre o ser-estar agora
Parecem não saber das horas
Que passam e passam sem parar
Ainda que o relógio se mantenha
Parecem perecer no tempo
Porquanto suas faces se desintegram
Enquanto a burguesia mata cobras e golfinhos
Para extrair-lhes a essência
Em pequenos frascos de juventude
E a realeza atenta
Logo procura cobras lá da África
E golfinhos da Austrália
Nadando rapidamente
Contra a decisão do rei
De buscar o vira-tempo
No outro canto do mundo
E enquanto isso os minutos acabam por ir embora
Sem nunca saber se é hora

De parar.

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